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Tempus Fugit

by Grafite

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1.
Esquecida 03:36
Vira a cabeça Fala comigo Qual o sentido Da solidão Docemente Diz-me mentindo Que só estás presa Nesta canção Só depois vemos Os casos mortos Os ventos fortes Quem me dera saber Quem me dera saber Memória de peixe Deixa ao acaso Tudo o que faço É tarde demais A tua pressa A minha preguiça Iças a vela Eu fico no cais Só depois vemos Os casos mortos Os ventos fortes Quem me dera saber Quem me dera saber Quem me dera saber A data e hora em que vou vencer Quem me dera saber Se a noite é longa ou se aí vem o amanhecer Quem me dera saber
2.
Tempus Fugit 03:09
No semáforo vermelho O tipo chega ao carro da frente Barba hirsuta e negra No sorriso falta-lhe um dente O vidro abre ao seu sinal Boa tarde, como tem passado Tenho mais um negócio O dinheiro muda de mãos À luz verde arranca e vai A zona agora é pedonal Ele já não anda por lá Olhos faiscando Ao volante, ela procura-o lá Enfim encontrado Ele já não faz esse trabalho A outra agarra-lhe o braço Vais dar-me aquilo que quero Nem sabes o que te faço Nem sabes o que te faço
3.
Primeiro Delta da manhã na mão Já é mais fácil ver o dia à frente As insónias do costume, a pálpebra pesada Os alarmes no bolso em toque crescente Um dia vou Construir uma Câmara escura Longe do Sol e luz Para revelar O sentido Do meu fugir Tantas as tarefas, pilhas de papéis O dia lá fora a demorar É pouco o silêncio, e o murmurar Zumbe e apaga o que penso Um dia vou Construir uma Câmara escura Longe do Sol e luz Para revelar O sentido Do meu fugir
4.
04:32
Tardio, no bolso vejo o toque Vazio, penso em dar o golpe Certo, a Leste nada de novo Quieto, haja quem agite as águas Ficas sem saber Quem te pôs as grades Depois hás-de colher Tempestades Incerta, vive no silêncio Aperta, na hora escondida Escapa entre o barulho Derrapa, o carro já no rio Ficas sem saber Quem te pôs as grades Depois hás-de colher Tempestades
5.
Ataxia 03:22
Da esperança do passado Só restou paralisia Dias perdidos, promessa vã De cumprir mais do que queria Encolhe o ombro, esconde a cara Foge para outra dimensão Faz de conta no dia-a-dia Repete a sua ilusão
6.
Sábios que não falam Gente que não escuta Raiva na tua luta Raiva na minha voz Reconstrói-se o muro Com tijolos brancos Das lágrimas de tantos Dos cantos dos avós Procuram o quadro Perdido no fogo Daqueles anos de ouro Dos anos a recordar Está cravado o espinho Do desprezo passado Por quem está sozinho Por quem quer mudar Demasiados sonhos Demasiadas vidas Afogados na onda De emoções fingidas Demasiados laços Demasiados planos Apagados na maré De erros e enganos Demasiados olhos Demasiadas mãos Separados pela ira De irmãos por irmãos Demasiadas almas Num mar de frustração Condenadas ao exílio Pelo medo do que são Sujos e cansados Sem compreender As voltas que o mundo deu Para voltar a guerra Vem no horizonte O salvador alheio Promete a vitória E a história repete repete repete
7.
Möbius 04:50
Sapatos loucos nos teus pés Passo firme sem hesitar Afasta as folhas, salta os ramos Deixa pra trás aquilo que não és Como um cavalo à solta Galopa sem rumo Em busca do silêncio Em busca do silêncio Abre a porta, deixa-me ir à frente Sobe a escada sem tropeçar No quarto ao fundo, uma janela aberta Lá para fora, vês tu e eu a entrar Como um peixe perdido Nada sem direcção Encontrar a corrente Encontrar a corrente Mas se fores devagar Olha atento por onde entraste Mas se fores devagar (Uma memória fora do lugar) Olha atento por onde entraste (Olha duas vezes por onde entraste)
8.
Serra Dura 03:08
Do outro lado do mar Ondulam pinheiros ao vento Caminhos cobertos por folhas ardidas Poças de luz pelo chão lamacento E enquanto eu não me vou Deste pantanoso ser Ato uma ponta solta Ao rastilho por arder Mundos e astros por descobrir Nesse estranho firmamento Ouvem-se passos de quem ousa Perturbar o silêncio do momento E enquanto eu não me vou Deste pantanoso ser Deito o meu destino No fósforo por acender
9.
Viste os montes altos da Holanda Viste a vida pura no Sudão Pensaste largar tudo e todos Por um nirvana de contrafacção Viste o pôr do sol na Indochina Com um colar de contas do Benim Sonhas com uma vida libertina Cada visto um shot de morfina Sem deixares que chegue o fim Mundivivência É Clarividência Mais um adeus ao cais de Alfama Em busca de outra história pra contar Um outro dia, uma outra cama A condescendência no falar Pudessem ser tão afortunados Os povos nobres deste mundo Serem como tu iluminados Esclarecidos, clarificados Pelo teu saber profundo Mundivivência É Clarividência

credits

released June 25, 2017

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about

Grafite Lisbon, Portugal

Filipe Martins - Guitarra
Gonçalo Ávila - Guitarra, Voz
Nuno Ferreira - Bateria
Rui Mascarenhas - Baixo

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